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27 de julho de 2024
Brillando En La Oscuridad
Ficção

Episódio 2: O Colapso Inevitável

La historia de un ejecutivo en su lucha contra el trastorno de ansiedad.

img el colapso inevitable • https://brillandoenlaoscuridad.org/pt/episodio-2-o-colapso-inevitavel/ • Autocuidado e Bem-estar, Recursos e Ferramentas • ansiedade, estigmas, liderança, trabalho •

No Auge, Dentro do Redemoinho

A história de um executivo em sua luta contra o transtorno de ansiedade.

 

EPISÓDIO 2

O Colapso Inevitável

Era quinta-feira, apenas três dias após a tensa reunião que havia marcado o início da semana. André estava em sua sala, olhando fixamente para uma tela cheia de e-mails que demandavam sua atenção. No entanto, sua mente estava em outro lugar, revivendo os momentos de pânico que havia experimentado. Ele estava começando a reconhecer um padrão preocupante que não podia mais ignorar.

Enquanto se levantava para ir a outra reunião, sentiu sua respiração acelerar e o peito se oprimir. Cada passo em direção à sala de conferências aumentava sua ansiedade. Ao chegar, cumprimentou seus colegas e sentou-se, tentando projetar uma imagem de calma. A reunião começou e, enquanto um colega apresentava as últimas estatísticas de vendas, André tentava se concentrar, mas seus pensamentos eram um turbilhão.

De repente, os números na tela ficaram borrados. O som da voz de seu colega se afastava, como se ele falasse do fim de um túnel longo e escuro. André sentiu seu corpo começar a tremer levemente e um suor frio cobrir sua testa. “Não agora, por favor, não aqui,” pensou desesperadamente. Mas seu corpo não obedecia.

Sem poder controlar, André levantou-se abruptamente, interrompendo a apresentação. “Desculpem, preciso de um momento,” murmurou com a voz trêmula antes de sair rapidamente da sala. Caminhou rapidamente até o banheiro mais próximo, trancou a porta e se apoiou na pia, olhando-se no espelho enquanto tentava recuperar o controle.

As lágrimas começaram a escorrer, misturando-se ao suor em sua testa. “O que está acontecendo comigo?” perguntou a si mesmo em voz alta. Após vários minutos de luta interna, conseguiu acalmar a respiração. Saiu do banheiro e decidiu que não voltaria para a reunião. Precisava de ar fresco. Dirigiu-se à saída do prédio e caminhou sem rumo pelas ruas de São Paulo, tentando organizar seus pensamentos.

Finalmente, encontrou-se sentado em um banco de um parque próximo, observando as pessoas que passavam. Todos pareciam levar vidas tão normais e tranquilas. “Por que eu não posso ser como eles?” questionava-se. Naquele momento, decidiu que não podia continuar assim. Precisava de ajuda, não apenas por ele, mas também pelo bem de sua família e sua carreira.

Naquela tarde, depois de anos resistindo à ideia, André pegou seu telefone e ligou para o número de um psicólogo recomendado por um amigo há algum tempo. Com a voz ainda trêmula, mas com uma determinação que não sentia há muito tempo, marcou uma consulta. Sabia que aquele era apenas o primeiro passo, mas também entendia que precisava começar de algum lugar.

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